A rápida perda de florestas tropicais está nos aproximando de pontos de não retorno climáticos e ameaça a biodiversidade, a segurança hídrica e o sustento de milhões de pessoas.
No entanto, historicamente, os financiamentos para florestas têm sido majoritariamente baseados em projetos de curto prazo e insuficientes. Além disso, tais recursos não chegaram de forma adequada aos guardiões das florestas que estão na linha de frente da conservação.
O Brasil, que neste ano sedia a COP30 em Belém, está trabalhando no Tropical Forest Forever Facility (TFFF), um instrumento que representa uma mudança de paradigma, tema abordado pela CEO da cúpula climática, Ana Toni, em um encontro com a imprensa estrangeira no Rio de Janeiro.
De acordo com o portal dedicado ao TFFF, o fundo operará mobilizando capitais filantrópicos, públicos e privados, para reinvestir esses recursos em um portfólio diversificado.
Os rendimentos gerados pelo instrumento recompensarão os países com florestas tropicais (especialmente os povos indígenas que as protegem) com um valor fixo por hectare de mata conservada ou recuperada, ao mesmo tempo em que se buscará manter o capital base e garantir a sustentabilidade de longo prazo do mecanismo.
O TFFF foi anunciado na COP28, em Dubai, em 2023, e será lançado oficialmente pelo governo Lula durante a conferência COP30.
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