Diversos líderes mundiais, incluindo dos Estados Unidos e da Itália, lamentaram nesta quinta-feira (22) a morte de dois funcionários da embaixada de Israel em Washington, e classificaram o ato como um episódio de antissemitismo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se solidarizou com a família das vítimas e culpou o antissemitismo.
"Esses assassinatos horríveis, obviamente baseados em antissemitismo, precisam parar, AGORA!", escreveu o republicano no Truth . "Ódio e radicalismo não têm lugar nos Estados Unidos. Condolências às famílias das vítimas. É muito triste que coisas assim ainda possam acontecer. Deus abençoe a todos!".
O caso também foi condenado pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. "Este foi um ato descarado de violência covarde e antissemita", escreveu ele no X, enfatizando que "não há dúvidas" que as autoridades vão rastrear "os responsáveis e os levaremos à justiça".
Já o presidente de Israel, Isaac Herzog, disse estar "chocado com as cenas em Washington" e enfatizou que "este é um ato desprezível de ódio, de antissemitismo, que resultou na morte de dois jovens funcionários da embaixada israelense".
"Nossos corações estão com os entes queridos das vítimas e nossas orações imediatas estão com os feridos. Envio meu total apoio ao embaixador e a todos os funcionários da embaixada. Estamos ao lado da comunidade judaica em Washington e em todos os Estados Unidos", continuou.
Segundo Herzog, "a América e Israel permanecerão unidos em defesa do nosso povo e dos nossos valores comuns" e "o terror e o ódio não nos destruirão".
Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o ataque foi resultado de "incitação selvagem" contra Israel e anunciou que ordenou o reforço da segurança nas missões diplomáticas do país ao redor do mundo.
"O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está profundamente chocado com o horrível ataque antissemita no qual dois funcionários da embaixada israelense em Washington foram assassinados", escreveu o gabinete do premiê.
A nota destaca que Netanyahu recebe "atualização imediata sobre os detalhes do incidente do embaixador de Israel nos Estados Unidos, Yehiel Leiter, expressando seu apoio a ele e a toda a equipe da embaixada".
Além disso, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, conversou com Netanyahu, fornecendo-lhe todas as informações disponíveis sobre o ataque e destacando que Trump está diretamente envolvido na gestão do incidente e que os Estados Unidos se comprometerão a levar o atirador à justiça.
O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse que as "cenas de terror e violência devem ser veementemente condenadas" e apoiou "o Estado de Israel pelo trágico assassinato de dois jovens funcionários da embaixada israelense em Washington".
"O antissemitismo nascido do ódio contra os judeus deve ser combatido, os horrores do ado jamais poderão retornar", destacou o chanceler italiano, que teve a mensagem compartilhada pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, "condenou veementemente o ato atroz" em Washington, assim como o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, que destacou que "o antissemitismo é um mal que devemos erradicar onde quer que apareça".
O governo britânico também lamentou, por meio do secretário de Relações Exteriores, David Lammy, o assassinato de dois funcionários da embaixada israelense nos EUA em Washington, o resultado de "um terrível ataque antissemita".
Lammy diz estar "horrorizado" e oferece seus "pensamentos às vítimas, famílias e colegas" afetados.
O presidente francês, Emmanuel Macron, enviou "um pensamento às famílias e parentes das vítimas" do "ataque antissemita em Washington, em frente ao Museu Judaico".
O ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, considerou o assassinato como "um ato odioso de barbárie antissemita". "Nada pode justificar tamanha violência. Meus pensamentos estão com seus parentes e colegas e com o Estado de Israel", disse ele.
A França também "aumentará a segurança em torno de marcos judaicos", de acordo com uma solicitação enviada aos prefeitos pelo ministro do Interior, Bruno Retailleau.
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