O presidente da Itália, Sergio Mattarella, definiu nesta quarta-feira (11) como "inaceitável" a situação na Faixa de Gaza, palco de uma grave crise humanitária que, segundo a ONU, deixou toda a população do enclave sob ameaça da fome.
Em visita a Luxemburgo, o chefe de Estado italiano cobrou um cessar-fogo "imediato" no território palestino e a libertação pelo Hamas de todos os reféns israelenses sequestrados nos atentados terroristas de 7 de outubro de 2023.
"É necessária uma reflexão veloz que envolva também os países árabes para encontrar uma solução que resolva a situação", disse Mattarella, chamando o cenário em Gaza de "inaceitável".
O presidente da Itália reiterou que a solução dos dois Estados é a única forma de encerrar a crise no Oriente Médio. "É preciso trabalhar para indicar uma perspectiva que permita que os palestinos tenham o próprio Estado, deixando de lado rancores e sofrimentos, e, ao mesmo tempo, que permita a segurança de Israel", salientou.
O termo "inaceitável" também foi usado pelo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.
"Israel continua sem ouvir os apelos que lançamos por um imediato fim dos bombardeios. Nós dissemos: 'Chega, você venceu o Hamas, basta de bombardear a população civil, isso é inaceitável'", declarou o chanceler à rádio RTL.
Os posicionamentos da Itália chegam na esteira de um novo ataque israelense perto de um centro de ajuda humanitária, que deixou 31 mortos, segundo a mídia palestina.
As Forças de Defesa Israelenses (IDF) itiram disparos de "advertência" contra pessoas que "representavam uma ameaça", mas não falou em vítimas.
O país está sob crescente pressão internacional para liberar a entrada de ajuda humanitária no enclave, enquanto os palestinos dizem que os centros de distribuição da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), organização apoiada por Israel e pelos EUA, se tornaram armadilhas para atrair civis para a morte.
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