O pedido da oposição para reduzir pela metade o prazo para imigrantes em situação regular solicitarem a cidadania, que fracassou em um referendo no início da semana, voltou a ser criticado nesta quinta-feira (12) pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.
Em uma videoconferência feita durante um evento que celebrou os 25 anos do jornal Libero Quotidiano, em Milão, a premiê avaliou que a consulta popular, que não superou o quórum mínimo de 50% do eleitorado, "foi uma questão interna da esquerda".
"Solicitar a redução dos anos de residência para obter a cidadania italiana é uma bobagem. Só quem mora em salas de estar de bairros elegantes ou frequenta clubes exclusivos poderia achar que era uma boa ideia", avaliou Meloni.
"E, se me permitem dizer, também denota um certo provincianismo, porque hoje em dia há muitas pessoas que vivem mais de cinco anos em um país estrangeiro e depois, talvez, se mudem para outro lugar", acrescentou.
A premiê também mencionou que a reação da esquerda após o resultado ter sido divulgado não a surpreendeu, além de ter acusado a oposição de sempre citar um "problema de democracia" para explicar suas derrotas.
"Continuo achando que não há necessidade de mudar a lei. Estou muito feliz por estar na mesma linha da maioria dos italianos. Devemos ter a humildade de levar em conta o que a grande maioria pensa", disse.
O referendo pedia a revogação da norma do início da década de 1990 que aumentou de cinco para 10 anos o prazo para um imigrante em situação regular solicitar a cidadania italiana. Como o quórum de 50% do eleitorado não foi superado, permanece o prazo de uma década.
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