A ativista sueca Greta Thunberg embarcou neste domingo (1º), em Catânia, sul da Itália, em um barco humanitário com destino à Faixa de Gaza, palco de uma guerra que já dura quase 20 meses e deixou mais de 54 mil mortos.
A embarcação "Madleen", da Coalizão Flotilha da Liberdade, reúne 12 ativistas internacionais contrários ao bloqueio israelense no enclave, incluindo Greta, que ganhou fama no mundo inteiro por sua luta contra a crise climática, mas que nos últimos tempos vem se dedicando à causa palestina.
O objetivo da missão é levar ajuda à população civil de Gaza e, segundo a jovem sueca, "romper simbolicamente o assédio" israelense contra o enclave. "Estou aqui porque, se ainda resta um resquício de humanidade, devemos lutar por uma Palestina livre", disse Greta antes de embarcar.
Vestindo uma camiseta preta com o slogan "Palestina Livre" e um lenço árabe, a ativista não usou meias palavras para se referir ao conflito no Oriente Médio. "Essa missão diz respeito aos palestinos que estão sendo submetidos sistematicamente à limpeza étnica e genocida de Israel, após décadas e décadas de opressão sufocante. E isso está acontecendo com o apoio de nossos governos, nossas instituições, nossas empresas e nossa mídia", declarou.
De acordo com a coalizão, o Madleen viaja "desarmado" e transporta leite em pó, suco, alimentos enlatados, barras de proteína, apetrechos médicos e outros itens de primeira necessidade. "Qualquer ataque ou interferência será um ataque deliberado e ilegal a civis", disse a Flotilha da Liberdade.
A tripulação ainda inclui o ativista brasileiro Thiago Ávila. O barco deve navegar por uma semana antes de chegar ao litoral de Gaza, desde que não seja parado em águas internacionais pelas forças israelenses, assim como já ocorreu com outra embarcação da coalizão em maio ado.
Israel tem sido alvo de crescentes críticas internacionais devido à crise humanitária na Faixa de Gaza, onde as Nações Unidas alertaram que toda a população corre risco de fome.
A guerra se arrasta desde 7 de outubro de 2023, quando atentados terroristas do Hamas mataram 1,2 mil pessoas em solo israelense. Desde então, mais de 54 mil palestinos já foram mortos em Gaza.
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