O governo de Israel acusou líderes europeus de "incitação antissemita tóxica" nesta quinta-feira (22), após um casal de funcionários da embaixada israelense ser morto fora de um museu judaico em Washington, na noite ada.
Em entrevista coletiva em Jerusalém, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou que "há uma ligação direta entre a incitação antissemita e anti-israelense e o ataque a Washington" e "essa incitação também é praticada por líderes e autoridades de muitos países e organizações internacionais, especialmente europeias".
"As calúnias sobre sangue, genocídio, crimes contra a humanidade e assassinato de recém-nascidos abriram caminho para esses assassinatos. É isso que acontece quando líderes mundiais se rendem à propaganda terrorista palestina e a servem", declarou.
De acordo com Saar, "a campanha venenosa e tóxica que se intensificou desde 7 de outubro no mundo abre caminho para assassinatos".
O ministro enfatizou ainda que "os líderes mundiais devem parar com as falsas acusações" e "as conspirações contra nós transformaram sangue judeu em lixo".
Saar relatou ainda que falou com Daniel, pai de Yaron Lishinsky, um dos dois funcionários da embaixada israelense mortos em Washington. "Eu disse a ele que seu filho era um lutador na batalha diplomática, ele caiu como um soldado na linha de frente".
Por sua vez, o ministro israelense de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo, Amichai Chikli, disse também que é preciso "responsabilizar pelo que aconteceu em Washington os líderes irresponsáveis do Ocidente que apoiam o ódio" contra Israel.
"O presidente [da França] Emmanuel Macron, o primeiro-ministro [do Reino Unido] Keir Starmer e o premiê canadense, Mark Carney, todos, de maneiras diferentes, encorajaram as forças do terror sem traçar limites morais. Essa covardia é paga com sangue judeu", acrescentou.
Na última segunda-feira (19), os líderes da França, Canadá e Reino Unido fizeram um apelo a Israel pelo fim de suas "ações escandalosas" na Faixa de Gaza. Além disso, prometeram anunciar "medidas concretas" se a ofensiva militar não for interrompida no enclave palestino.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA