À margem do funeral do papa Francisco, líderes mundiais se reuniram neste sábado (26), na Basílica de São Pedro, no Vaticano, para discutir a guerra na Ucrânia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve um encontro "muito produtivo" de cerca de 15 minutos com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, informou a Casa Branca.
Por sua vez, o gabinete do presidente ucraniano destacou que a reunião foi "construtiva". Fotos divulgadas pelo gabinete de Zelensky mostram os dois líderes sentados frente a frente no meio de um salão de mármore, sem nenhum de seus assessores por perto.
"Uma boa reunião, tivemos tempo para discutir muita coisa pessoalmente. Esperamos que tudo isso tenha um resultado: proteger a vida do nosso povo, um cessar-fogo completo e incondicional. Uma paz confiável e duradoura que impeça a repetição da guerra. Um encontro altamente simbólico que pode se tornar histórico se resultados conjuntos forem alcançados", escreveu Zelensky no Telegram.
Trump e o líder ucraniano discutem há meses um acordo de paz na guerra deflagrada pela Rússia em fevereiro de 2022. Os dois, inclusive, tiveram uma conversa "positiva" sobre o conflito com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente francês, Emmanuel Macron, antes do funeral, conforme divulgado pelo Palácio do Eliseu.
Em publicação no X, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, relatou que Zelensky e Macron concordaram em perseguir "mais esforços de paz".
Paralelamente, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se encontrará com o mandatário ucraniano em Roma, informou um porta-voz de Bruxelas. Além disso, Zelensky deve se reunir com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.
Em meio às negociações, a imprensa americana revelou que, em resposta a uma proposta da Casa Branca para acabar com a guerra na Ucrânia, a liderança de Kiev desenvolveu uma contraproposta que, de certa forma, contradiz as exigências de Trump, mas também deixa espaço para possíveis concessões em questões que há muito tempo pareciam insolúveis.
Segundo o plano, obtido pelo jornal "The New York Times", não haveria restrições quanto ao tamanho do exército de Kiev, um "contingente de segurança europeu" apoiado pelos EUA seria destacado para território ucraniano para garantir a segurança e ativos russos congelados seriam usados para reparar danos de guerra na Ucrânia.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA