Agentes federais realizaram busca e apreensão na residência do empresário, situada em um condomínio de alto padrão na zona sul da capital fluminense. Novas diligências não estão descartadas. As obras de arte haviam sido apreendidas em 2023 e estavam sob a responsabilidade de Wanderley na condição de depositário fiel, o que o impedia de vendê-las. Os investigadores detectaram que parte das peças foi comercializada , o que motivou a nova ação policial desta quarta.
As investigações apontam que o grupo econômico liderado por Wanderley arrecadou centenas de milhões de reais por meio da emissão irregular de debêntures, sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A manobra caracterizava um esquema de pirâmide financeira.
Para tentar legitimar os recursos, a organização ou a investir em eventos culturais e museus, além da aquisição de imóveis como um teatro no Leblon.
Eduardo Wanderley pode responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, emissão ilegal de valores mobiliários e descumprimento de medida judicial.
A operação recebeu o nome de Lóris, em referência ao primata venenoso de aparência inofensiva, em alusão ao modo dissimulado como a quadrilha atuava no mercado financeiro e cultural.
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