A Comissão Pontifícia do Vaticano recebeu nesta sexta-feira (23) uma vítima de abuso sexual cometido por um padre no sul da Itália. A reunião ocorre meses após a Santa Sé ter convidado o jovem a um encontro com o papa Francisco, que nunca aconteceu devido ao estado de saúde de Jorge Bergoglio e seu posterior falecimento.
"Acolho com satisfação a atenção dada a mim e ao meu caso pela Pontifícia Comissão para a proteção de menores, mas, no momento, considero justo manter o conteúdo da reunião em sigilo", afirmou Antonio Messina, o jovem arqueólogo que denunciou Dom Giuseppe Rugolo por abuso sexual, o qual foi condenado pelo Tribunal de Enna, na Sicília, a quatro anos e meio de prisão em primeira instância por violência sexual agravada contra menores.
"Espero uma resolução também a nível eclesiástico que abra caminho para a verdade e possa servir de exemplo para outras vítimas", acrescentou Messina, acompanhado de sua advogada.
Nesta sexta-feira, o Tribunal de Enna recebeu a segunda audiência de apelação realizada pela defesa de Rugolo. Já na segunda (26), o local receberá a primeira audiência do julgamento no qual o bispo da diocese de Piazza Armerina, Rosario Gisana, e seu vigário judicial, atual pároco da Igreja Matriz de Enna, Vincenzo Murgano, são acusados de falso testemunho durante o julgamento de Rugolo.
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