A Defesa Civil de Gaza relatou nesta quinta-feira (29) que ataques aéreos israelenses mataram 44 pessoas no devastado enclave palestino, onde milhares de civis famintos e desesperados por ajuda humanitária saquearam um depósito do Programa Mundial de Alimentos (PMA).
De acordo com as fontes da Faixa de Gaza, as Forças de Defesa de Israel (FDI) intensificaram sua ofensiva na região, matando 44 civis até o momento, incluindo 23 cidadãos em um ataque a uma casa no centro do território palestino.
"Quarenta e quatro pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza", declarou o oficial da Defesa Civil Mohammad Al-Mughayyir.
Segundo ele, "23 pessoas morreram, outras ficaram feridas e várias estão desaparecidas após um ataque aéreo israelense à casa da família Qreinawi, a leste do campo de refugiados de Al-Bureij, no centro da Faixa de Gaza".
Além disso, foram relatadas "duas pessoas mortas e várias feridas pelas forças israelenses perto do centro de ajuda americano" no sul do enclave e outras 19 vítimas após ataques a prédios residenciais no campo de refugiados de Bureij. Três casas foram alvos consecutivos sem aviso prévio, informou a emissora Al Jazeera.
O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas relatou que milhares de pessoas famintas invadiram o armazém de alimentos Al-Ghafari, em Deir Al-Balah, para roubar sacos de farinho e caixas de comida enquanto ouviam tiros das autoridades. Até agora não está claro quem abriu fogo contra os civis.
De acordo com o PMA, as necessidades humanitárias em Gaza "escaparam do controle" após um bloqueio israelense que durou quase três meses e foi aliviado na semana ada.
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