O cardeal João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, tem sido considerado uma possível "zebra brasileira" no conclave iniciado nesta quarta-feira (7), no Vaticano, com chances de tornar-se o próximo líder da Igreja Católica Romana.
A hipótese foi divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo", após apuração com padres bem informados sobre os bastidores do conclave que definirá o sucessor do papa Francisco.
A primeira zebra é que, aos 77 anos, Dom João, arcebispo emérito de Brasília, foi considerado próximo de Jorge Bergoglio — os dois, inclusive, teriam assistido juntos a partidas de futebol durante o pontificado do argentino.
Embora tenha sido incluído em algumas listas de possíveis papáveis, ao lado do arcebispo de Salvador, dom Sérgio da Rocha, nenhum dos dois aparece entre os nomes mais cotados na disputa pelo comando da Igreja Católica.
Dom João, de perfil progressista, já participou do conclave que elegeu Jorge Bergoglio em 2013. Antes do início do processo para definir o novo pontífice, os oito cardeais brasileiros - sete eleitores do conclave - se uniram em uma oração dirigida à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
A presença latino-americana no conclave é histórica: doze países da região têm voz graças a 22 cardeais eleitores, com o Brasil ostentando um contingente destacado de sete cardeais, e a Argentina, com quatro.
Uma representação que equivale a cerca de um sexto dos 133 cardeais com direito a voto, nomeados em sua maioria por Bergoglio. E as posições e carreiras de muitos desses religiosos refletem de fato a visão pastoral de Francisco: acompanhar os pobres, defender os direitos humanos e construir a paz.
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