O governo do Reino Unido anunciou nesta terça-feira (10) sanções contra dois ministros de extrema direita em Israel por conta da escalada da violência na Faixa de Gaza e dos projetos de expansão de colônias judaicas na Cisjordânia ocupada.
As punições foram acertadas com Austrália, Canadá e Nova Zelândia e miram os ministros da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e das Finanças, Bezalel Smotrich.
"Eles instigaram a violência extremista e graves violações dos direitos humanos dos palestinos", justificou o secretário das Relações Exteriores britânico, David Lammy. As sanções incluem a proibição de entrada de Ben-Gvir e Smotrich e o congelamento de eventuais ativos nos quatro países.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, disse ser "escandaloso" que "representantes eleitos e membros do governo sejam submetidos a esse tipo de medida".
As sanções chegam em meio à crescente pressão internacional para Israel interromper a ofensiva na Faixa de Gaza, palco de uma guerra que já deixou mais de 54 mil mortos e onde, segundo a ONU, 100% da população está sob risco de fome. O conflito foi deflagrado após atentados terroristas do Hamas que mataram mais de 1,2 mil pessoas em solo israelense.
Ao mesmo tempo, a maior parte da comunidade internacional condenou a recente decisão de Israel de criar mais 22 colônias na Cisjordânia ocupada, o que, na prática, significa a anexação ilegal de territórios destinados a um futuro Estado palestino.
Ben-Gvir e Smotrich também são acusados de estimular atos de violência de colonos contra comunidades palestinas na Cisjordânia e já defenderam publicamente a remoção dos moradores de Gaza e o bloqueio à entrada de ajuda humanitária no enclave.
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