O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs nesta quarta-feira (4) que a Rússia dê início a uma trégua que perdure até seu encontro com seu homólogo em Moscou, Vladimir Putin, que voltou a recusar a oferta, chamando o governo do país vizinho de "terrorista".
"Oferecemos aos russos um cessar-fogo enquanto os líderes não se encontrarem. Na minha opinião pessoal, estamos prontos a nos reunir imediatamente", afirmou Zelensky, citado pela Ukrainska Pravda.
O chefe de Estado de Kiev também sugeriu, "à escolha dos russos", Istambul, Cidade do Vaticano e Suíça como possíveis locais para receber a cúpula, que poderia ocorrer "em qualquer data a partir de segunda-feira [9]".
"Por que um cessar-fogo antes da reunião dos líderes? Porque nos reuniremos e, se não houver entendimento, nenhum desejo de desescalada e nenhuma ideia de como encerrá-la, o cessar-fogo será encerrado no mesmo dia. [Mas] Se percebermos que podemos continuar o diálogo e estivermos prontos para tomar as medidas apropriadas para a desescalada, então daremos continuidade à trégua. Com monitoramento americano e garantias americanas de mediação", explicou Zelensky.
No entanto a proposta de uma reunião entre os mandatários da Ucrânia e Rússia foi, mais uma vez, rejeitada por Putin, que chamou o ucraniano de "terrorista".
Segundo o presidente russo, uma cúpula com Zelensky seria o mesmo que "negociar com terroristas", acusando o governo de Kiev de realizar um atentado no final de semana contra pontes por onde am ferrovias nas regiões de Bryansk e Kursk, matando sete ageiros de um trem na primeira e não deixando vítimas na segunda.
"Como é possível realizar tais encontros nestas condições? Sobre o que podemos falar? Quem é que negocia com aqueles que vivem do terror?", questionou Putin, acrescentando que "as forças ucranianas usariam a trégua para estocar armas e continuar sua mobilização".
De acordo com Putin, em uma guerra "os civis sempre sofrem, mas o que houve em Bryansk foi um ato deliberado contra a população".
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