O premiê da Holanda, Dick Schoof, vai renunciar nesta terça-feira (3), após a crise política desencadeada pelo líder de extrema direita Geert Wilders, que decidiu abandonar a coalizão de governo.
Sem o apoio do Partido da Liberdade (PVV), liderado por Wilders, Schoof ficou sem maioria no Parlamento e terá de entregar o cargo ao rei Willem-Alexander.
Em um breve pronunciamento, o premiê chamou a decisão do ex-aliado de "irresponsável e inútil" e disse que pretende continuar no comando do governo interinamente até a realização de novas eleições.
Sem filiação partidária, Schoof assumiu o poder em julho de 2024, quase oito meses após a vitória do PVV nas eleições gerais de novembro de 2023.
O partido de ultradireita, no entanto, não obteve maioria para governar sozinho e precisou formar uma aliança com o Partido Popular para Liberdade e Democracia (VVD), o Novo Contrato Social (NSC) e o Movimento Agricultor-Cidadão (BBB), todos de orientação conservadora.
Wilders, conhecido como o "Trump holandês", acusou os ex-aliados de não apoiarem a "política migratória mais severa da história", tema que foi cavalo de batalha do PVV nas últimas eleições. O plano incluía o fechamento das fronteiras para solicitantes de refúgio.
"Não tive outra escolha que não retirar nosso apoio. Eu assinei pela política de asilo mais rigorosa, não pelo fim da Holanda", disse o líder de extrema direita, que segue na liderança das pesquisas de intenção de voto.
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