Ao menos 24 pessoas morreram e 37 ficaram feridas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, após Israel realizar disparos a tiros contra uma multidão de civis que aguardava por ajuda humanitária. A denúncia foi feita nesta terça-feira (3) pelo diretor do hospital Nasser, na cidade de Khan Younis.
Os ataques a tiros ocorreram após as Forças de Defesa de Israel (IDF) realizarem um bombardeio no local no dia 1º, que matou dezenas de palestinos e feriu centenas.
Já em Jabalia, norte do enclave, três soldados israelenses morreram e dois ficaram feridos após um dispositivo explodir em uma estrada local. O anúncio foi feito hoje pelas IDF, citadas pelo Times of Israel. O saldo é considerado a maior perda militar israelense nos combates em Gaza desde o fim do cessar-fogo, em março.
Apesar da pressão internacional sobre o governo de Benjamin Netanyahu devido à guerra e à crise humanitária no enclave, suas forças prosseguem atacando civis palestinos, incluindo em centros de ajuda humanitária. Nos últimos dias, diversas cidades e regiões da Itália romperam relações institucionais com Israel.
No domingo (1º), um ataque com garrafas em chamas contra uma multidão pró-Israel em Boulder, nos Estados Unidos, deixou ao menos 12 pessoas da comunidade judaica local feridas.
Israel diz que tiroteio contra civis em Gaza foi 'incidente'
As Forças de Defesa de Israel (IDF) declararam nesta terça-feira (3) que abriram uma investigação a respeito do “incidente ocorrido hoje em Gaza”, quando seu exército “disparou tiros de advertência” contra a população civil em um centro humanitário em Rafah, matando quase 30 pessoas, segundo a Cruz Vermelha.
“Esta manhã, as forças [israelenses] dispararam tiros de advertência a cerca de meio quilômetro da área de distribuição de ajuda humanitária contra suspeitos que se aproximavam de uma forma que colocava em risco a segurança dos soldados”, afirmou o porta-voz das IDF, acrescentando que “o incidente está sendo investigado e descobriremos a verdade também neste caso”.
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