O ex-estrategista-chefe da Casa Branca e católico ultraconservador Steve Bannon disse nesta sexta-feira (9) que a eleição do papa Leão XIV como o primeiro pontífice nascido nos EUA foi um voto contra o presidente Donald Trump.
Segundo o "Político", Bannon considerou a definição do cardeal Robert Francis Prevost como pontífice como a "pior escolha" para os católicos do movimento Make America Great Again (MAGA).
"A pior escolha para os católicos MAGA", pois a eleição de Leão XIV "é um voto anti-Trump dos globalistas da Cúria" Romana, afirmou Bannon, que foi conselheiro de Trump durante o primeiro mandato do líder norte-americano (2017-2021).
Há cerca de uma semana, o ex-estrategista previu a eleição de Prevost, nascido em Chicago e como cidadania peruana devido ao seu longo trabalho missionário no país sul-americano.
Em uma entrevista com o âncora britânico Piers Morgan, Bannon indicou o então cardeal como um "azarão", um "outsider pressionado pelos supostos poderes constituídos", que o MAGA identifica nos chamados "Estado Profundo" e "Igreja Profunda".
Prevost, 69 anos, foi eleito Papa, após dois dias de conclave, e assumiu o nome de Leão XIV. Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, o novo pontífice pertence à Ordem de Santo Agostinho e é formado em matemática e teologia.
Ele é ex-chefe do departamento do Vaticano que nomeia bispos e já criticou recentemente a interpretação do vice-presidente dos EUA, JD Vance, de que o amor cristão deve ser distribuído primeiro à família, depois a outros conhecidos e só depois a pessoas desconhecidas, como migrantes.
"JD Vance está errado: Jesus não nos pede para avaliar nosso amor pelos outros", afirmou Prevost no último dia 5 de fevereiro.
Vance, um católico conservador convertido há seis anos, disse em uma entrevista ao canal Fox News que, "como um líder americano, mas também como um cidadão americano, sua compaixão pertence primeiro aos seus concidadãos".
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