A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o presidente da França, Emmanuel Macron, tiveram uma longa reunião nesta terça-feira (3) no Palazzo Chigi, em Roma.
A conversa entre os líderes, que serviu para amenizar algumas divergências, começou no início da tarde e durou mais de três horas. Além disso, a sede do governo italiano foi palco de um jantar para as delegações antes do chefe de Estado francês retornar a Paris.
Sorridentes, Meloni e Macron se cumprimentaram longamente durante o início do encontro, trocaram beijos no rosto e sussurraram algumas palavras. Dentro do palácio, no entanto, eles reforçaram o empenho por uma Europa mais "forte" e "soberana".
"Itália e França pretendem reforçar o seu compromisso comum com uma Europa mais soberana, forte e próspera, especialmente orientada para a paz e capaz de defender os seus interesses e proteger os seus cidadãos", informou a declaração conjunta emitida ao final do encontro.
A nota especificou que os líderes também "destacaram fortes convergências em relação à agenda europeia para a competitividade e a prosperidade, à simplificação regulamentar, aos investimentos públicos e privados, à energia e à plena aplicação do princípio da neutralidade tecnológica e, de forma mais geral, às condições necessárias para permitir que as empresas concorram em igualdade de condições".
"Isso também se aplica a setores em transição, como as indústrias automotiva e siderúrgica, que exigem um forte compromisso, bem como a setores mais avançados, como inteligência artificial, fontes de energia renováveis descarbonizadas, como a nuclear, e espacial, onde nossos interesses bilaterais e europeus estão vinculados", completou o comunicado.
Meloni e Macron também discutiram na capital italiana a guerra no leste europeu e mais uma vez defenderam o "apoio inabalável" à Ucrânia.
"Reforçar o apoio é ainda mais necessário para alcançar uma solução justa e duradoura, pressupondo uma mudança ambiciosa na defesa europeia, tanto em termos de investimento quanto de apoio à base industrial e tecnológica", diz a nota.
Por fim, o presidente e a premiê decidiram que a próxima cúpula bilateral entre eles ocorrerá no início de 2026, "com o objetivo de avaliar e atualizar o programa de trabalho que especifica os objetivos da cooperação bilateral".
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