O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) das Nações Unidas declarou nesta sexta-feira (30) que a Faixa de Gaza é o "lugar onde há mais fome no mundo", onde "100% da população corre risco de ar fome".
"É a única área demarcada, um país ou um território definido dentro de um país, onde toda a população corre o risco de morrer de fome", denunciou o porta-voz do Ocha, Jens Laerke, reforçando que "100% da população corre risco de ar fome".
Após o bloqueio da entrada de ajuda humanitária no enclave em março, quando Israel interrompeu o cessar-fogo na região, a fome forçada dos palestinos cresceu. No final de abril, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou que toda a população de Gaza, com os seus 2,2 milhões de habitantes, enfrenta "a crise alimentar mais grave da história da escala de segurança".
No entanto, apenas na semana ada, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, autorizou o retorno da ajuda humanitária ao local, que tem sido feita sob controle israelense e de forma caótica.
Na última quarta-feira (28), quase 50 pessoas ficaram feridas durante uma entrega de alimentos em Gaza, após um ataque a tiros deflagrado pelo Exército de Israel contra uma multidão aglomerada em um novo centro de distribuição de ajuda humanitária.
Também hoje, o governo da Itália voltou a cobrar o fim da guerra no enclave, em meio às tentativas mediadas pelos Estados Unidos para um cessar-fogo entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas.
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