Delegações dos Estados Unidos e do Irã realizaram neste sábado (19), em Roma, uma segunda rodada de negociações sobre o programa nuclear do país persa mediadas por Omã.
A reunião durou cerca de quatro horas e foi organizada na embaixada omani na capital italiana. A equipe americana foi liderada pelo enviado do presidente Donald Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, enquanto o time iraniano foi encabeçado pelo ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi.
"Foi um bom encontro. Desta vez conseguimos alcançar um compromisso melhor a respeito de uma série de princípios e objetivos", salientou o chanceler do Irã em uma declaração à mídia estatal de seu país.
Segundo Araghchi, técnicos voltarão à mesa de negociações a partir de quarta-feira (23), em Omã, e uma terceira rodada de tratativas em nível político está prevista para sábado que vem (26), quando serão discutidos os "resultados da reunião dos especialistas para verificar se um acordo está próximo".
"Estamos conduzindo as conversas com atenção e calma, não há motivos para se agitar. Agimos com cautela e não estamos nem muito otimistas, nem muito pessimistas", sublinhou. A primeira rodada de negociações ocorreu em 12 de abril, em Mascate, capital omani.

Antes das conversas deste sábado, Araghchi se encontrou com o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, e pediu um acordo "lógico e racional" que leve à remoção das sanções econômicas contra o Irã.
"Os países europeus e a comunidade internacional devem adotar uma posição responsável, longe dos estereótipos impostos", salientou. Já Tajani disse esperar uma "solução positiva para o Oriente Médio".
Washington e Teerã chegaram a um acordo sobre o programa nuclear iraniano em julho de 2015, ao lado de Alemanha, China, França, Reino Unido, Rússia e União Europeia, porém Trump rasgou o tratado em 2018, durante seu primeiro mandato como presidente.
O governo americano, assim como Israel, acusa o regime islâmico de buscar o desenvolvimento de armas nucleares, porém Teerã afirma que seu programa de energia atômica tem fins pacíficos.
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