O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, abriu na noite desta quarta-feira (14) uma ação formal contra o presidente Jair Bolsonaro e outros oito aliados por atacar e lançar dúvidas de fraudes no processo eleitoral e por uma possível concessão de benefícios de forma ilegal durante a campanha nas eleições de 2022.
Além do mandatário, também foram incluídos no processo o candidato derrotado à vice-presidência e ex-ministro, Braga Netto, o senador Flávio Bolsonaro, os deputados federais Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Bia Kicis, os deputados eleitos em outubro Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer e o senador eleito Magno Malta. Todos os acusados são do Partido Liberal (PL).
A ação analisa o período anterior e após as eleições, onde foram diversas as comunicações em que havia constante questionamento dos resultados das urnas eletrônicas e a instigação da população contra o Estado Democrático de Direito.
Segundo o ministro, os acusados "a partir de 'premissas corrompidas', usam as redes sociais para propagar a 'narrativa de que o sistema eleitoral brasileiro seria inseguro e manipulável', alcançando milhares de seguidores". Com isso, o grupo amplifica "o alcance da desinformação e viola a liberdade de pensamento, opinião e voto livre e consciente das pessoas".
A mesma investigação contra Bolsonaro está sendo realizada pela Procuradoria-Geral da República que, nesse caso, está focada em uma reunião feita pelo presidente com embaixadores do mundo todo em Brasília para questionar a segurança do processo eleitoral.
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