Quarto treinador estrangeiro a comandar a "Amarelinha", Carletto terá como principal objetivo conquistar o título da Copa do Mundo de 2026 e deixou isso claro em seu primeiro contato oficial com a imprensa como técnico do Brasil.
"As primeiras impressões são muito bonitas. É uma honra e um grande orgulho comandar a seleção, que é a melhor do mundo. Eu tenho um grande trabalho para fazer com que o Brasil volte a ser campeão", disse Ancelotti no início da coletiva, acrescentando que está "muito animado" com a experiência e que tentará "realizar um trabalho com nível máximo".
O italiano recordou que sua conexão com o gigante sul-americano começou na década de 1980, com Toninho Cerezo e Paulo Roberto Falcão, que foram companheiros de equipe de Carletto na Roma. Após isso, o treinador recordou alguns atletas brasileiros que comandou durante a carreira, como Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Cafu.
Na coletiva, o ex-técnico da seleção brasileira Luiz Felipe Scolari, o Felipão, ou o "bastão" do comando da equipe "canarinha" ao italiano.
"Dizer ao Carlo que é um prazer, é uma alegria, uma satisfação, uma felicidade estar contigo. E que desejamos o melhor possível. Seja a pessoa que sempre foi e vai conseguir no Brasil tudo aquilo que conseguiu na sua vida. Tudo de bom! E o melhor para o nosso Brasil", afirmou o brasileiro.
Antes da primeira convocação, um vídeo foi transmitido durante o evento no qual apareceu diversos grandes nomes do futebol brasileiro, entre eles Zico, Kaká e Marta. Todos os participantes desejaram boa sorte ao "Mister".
O novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, mencionou que a seleção "fez história" ao contratar Ancelotti.
"A CBF contrata um dos maiores técnicos do mundo. Um cara muito experiente, que ama o futebol brasileiro e que tem experiência com jogadores brasileiros. A CBF fica muito feliz com esse contrato. Nós acreditamos muito no trabalho da comissão técnica. A CBF vai dar total autonomia de trabalho para você, Carlo, e sua equipe", avaliou o gestor.
Carletto desembarcou em território brasileiro com muita moral e expectativas elevadas por parte dos torcedores, principalmente pelo vasto currículo do europeu, que conquistou dezenas de títulos em sua trajetória.
Em quase 110 anos de história, o Brasil teve 35 comandantes, além de outros 19 que cumpriram a função de forma interina. A lista possui o uruguaio Ramón Platero, o português Joreca e o argentino Filpo Nuñez. Com isso, Carletto será o quarto estrangeiro a liderar a equipe.
O italiano de 65 anos estreará no comando do Brasil no dia 5 de junho, em Guayaquil, contra o Equador, pelas eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo, às 20h (de Brasília). Cinco dias mais tarde, Às 21h45, a pentacampeã mundial pegará o Paraguai na Neo Química Arena, em São Paulo.
O Brasil ocupa atualmente o quarto lugar na tabela de classificação, com 21 pontos, e os equatorianos estão na vice-liderança, com 23, atrás apenas da Argentina. Os paraguaios, contudo, aparecem em quinto, somando os mesmos 21 dos brasileiros.
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