O cardeal queniano John Njue negou nesta terça-feira (6) os rumores de que estaria com problemas de saúde e, portanto, impossibilitado de participar do conclave que decidirá o sucessor do papa Francisco, a partir do dia 7 de maio.
Em entrevista ao jornal local "Daily Nation", o religioso disse que a declaração do Vaticano de que ele não iria a Roma por motivos de saúde é uma "mentira" e destacou que não foi "convidado" a estar presente na votação.
"Sinceramente, não sei por que fui excluído do conclave, não entendo o motivo", afirmou ele, enfatizando que "não é por motivos de saúde, na verdade, é difícil comentar".
Njue é o único cardeal vivo do Quênia e está no centro de uma controvérsia por suspeita de "rejuvenescimento" nos anuários do Vaticano. Atualmente, ele tem 79 anos, mas, de acordo com documentos oficiais, sua data de nascimento foi alterada de 1944 para 1º de janeiro de 1946.
"Aqueles que vão lá para as eleições geralmente recebem convites oficiais e esse não foi o meu caso", acrescentou o religioso, lembrando de sua presença no conclave de março de 2013, quando Jorge Mario Bergoglio foi eleito.
No entanto, o Vaticano e a Igreja Católica do Quênia negaram que o cardeal tenha sido excluído do conclave.
Segundo o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, "os cardeais eleitores são itidos ao conclave, não sendo necessário convite". "Em alguns casos, é realizada uma verificação, pelo cardeal decano, por meio da Nunciatura. Neste caso, foi feita e a resposta foi negativa, o que significa que o cardeal não chegaria a Roma por motivos de saúde", relatou.
Já a diocese local desmentiu a entrevista de Njue, explicando que ele seria elegível para participar e havia sido oficialmente convidado pela Nunciatura Apostólica no Quênia, mas suas condições de saúde não o permitiriam viajar.
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