Migrantes e refugiados que foram torturados e escaparam de campos de concentração na Líbia vão participar do funeral do papa Francisco, na praça São Pedro, no Vaticano, no próximo sábado (26).
O grupo vai compor a delegação oficial da ONG Mediterranea Saving Humans, cujos representantes se encontraram diversas vezes com o Pontífice e que recebeu a autorização pela Prefeitura da Casa Pontifícia nesta quinta (24).
Além dos migrantes e refugiados, a delegação que irá para a missa de corpo presente na Praça São Pedro será composta também por socorristas.
"Saudaremos o nosso Papa, para nós um membro da tripulação do navio de resgate civil 'Mare Jonio'. Desejaremos a ele 'bons ventos', a ele que não teve medo nesta vida de enfrentar a tempestade, posicionando-se em defesa dos últimos da Terra", diz o comunicado da ONG.
"Francisco estará sempre conosco, começando pela próxima missão no mar, que começará em breve", acrescentou.
A Mediterranea destacou que vai continuar "com ainda mais determinação" para fazer o que sempre fez: "resgatar pessoas em perigo de vida, rejeitando a lógica da rejeição do ser humano, dos campos de concentração e de deportação, da guerra".
"Acreditar no amor visceral pela humanidade indefesa e sofredora significa praticar a esperança. Esperança não é esperar, ensinou-nos Francisco, e por isso nos moveremos, no mar e em terra, mesmo que isso incomode os poderosos da Terra que estarão todos lá. Francisco vive!", concluiu a nota.
No ano ado, Francisco chegou a abençoar toda a tripulação do "Mare Jonio", primeira missão de busca e resgate de migrantes no Mar Mediterrâneo organizada em conjunto com a Conferência Episcopal Italiana (CEI), em uma mensagem de próprio punho.
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