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O adeus a Francisco, argentino que revolucionou a Igreja Católica

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O adeus a Francisco, argentino que revolucionou a Igreja Católica

Religioso foi o 1° pontífice jesuíta da história

VATICANO, 21 de abril de 2025, 12:24

Manuela Tulli

ANSACheck
Francisco faleceu após quase 40 dias de hospitalização e uma recuperação que pareceu surpreendente © ANSA/AFP

Francisco faleceu após quase 40 dias de hospitalização e uma recuperação que pareceu surpreendente © ANSA/AFP

Ele chegou há doze anos, em 13 de março de 2013, e o mundo o conheceu por aquele simples "boa noite". Esta foi sua primeira saudação ao mundo inteiro e aquela simplicidade desarmante já anunciava um sopro de ar novo e revolucionário.

Jorge Mario Bergoglio assumiu a Igreja a partir daquele mesmo dia e a conduziu por caminhos corajosos, abrindo as portas a "todos, todos, todos", e não se preocupando com uma ala de católicos sempre reticente às novidades. O argentino fez isso depois do choque da renúncia de Bento XVI (1927-2022), mas foi capaz de virar a página de uma forma que era difícil até de imaginar.

Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco era filho de imigrantes piemonteses: seu pai, Mario, era contador, empregado nas ferrovias, enquanto sua mãe, Regina Sivori, cuidava da casa e da educação de seus cinco filhos.

Depois de se formar como técnico químico, ele escolheu o caminho do sacerdócio, ingressando no seminário. Em 1958, entrou no noviciado da Companhia de Jesus. De lá, deu início a uma longa vida de serviço à Igreja até se tornar arcebispo de Buenos Aires e, desde 2013, assumiu como o 266º Pontífice da Igreja Católica.

Francisco morreu na manhã desta segunda-feira (21), após 38 dias de hospitalização por pneumonia e uma recuperação que pareceu surpreendente, durante a qual ele queria estar entre seu povo. Ontem, inclusive, quis dar um eio no papamóvel no domingo de Páscoa.

Jorge Bergoglio deixa o posto depois de 12 anos de um pontificado movimentado, não livre de problemas e contradições, mas que marcou uma virada tão ampla, em substância e forma, que provavelmente será difícil voltar atrás.

A abertura aos divorciados, aos homossexuais, a valorização da mulher a ponto de dar a ela o lugar que durante séculos foi reservado apenas aos cardeais. E, depois, aquela "Igreja em saída", em direção aos mais frágeis, aos migrantes e aos pobres, sua primeira preocupação. Foi justamente pensando nos pobres que ele escolheu um nome que nenhum Papa na história jamais ousou escolher: Francisco, como o pobre de Assis, também ele um revolucionário do seu tempo.

O primeiro "Francisco", e também o primeiro Papa jesuíta da história, o primeiro do continente americano e o primeiro não europeu em mais de 1200 anos. Bergoglio levou ao coração do cristianismo, Roma, a experiência de sua Igreja sempre em contato com os desventurados das "villas", os subúrbios mais abandonados de sua Buenos Aires. As "periferias", geográficas e existenciais, foram de fato a característica principal do seu pontificado.

É para cuidar dos últimos, dos "descartados", como ele sempre os definiu, que Francisco às vezes deixou para trás aqueles valores que, no ado, tinham sido definidos como inegociáveis. Ele seguiu seu caminho, derrubando tradições que perduram há séculos.

No Palácio Apostólico, o argentino escolheu morar em uma residência, a Casa Santa Marta. Ele eliminou os ritos e vestimentas litúrgicas, desafiou hábitos antigos e escolheu como cardeais pastores que trabalham nos cantos mais remotos da Terra, da Mongólia à Papua Nova Guiné. Lavou os pés de prisioneiros, migrantes, transexuais e deixou que a área do Vaticano se tornasse um refúgio acolhedor para os muitos moradores de rua de Roma.

E, acima de tudo, ele prosperou relacionamentos diretos com as pessoas. Ele cumprimentou, ligou, visitou as pessoas em casa, como aconteceu com Emma Bonino e Edith Bruck, para dar apenas alguns exemplos.

O povo sempre foi a alma do seu pontificado e por isso ele não se poupou. Francisco não fez isso nem agora, aos 88 anos de idade e com as doenças que havia acumulado. Ele sofria de bronquite há quase dois meses, o que o impedia de fazer discursos completos e o deixava constantemente sem fôlego. Mas nada o deteve e ele continuou a celebrar a missa na praça, independentemente da idade, do resfriado e do vírus que, entretanto, se alastrava por seus pulmões.

Bergoglio deixa uma Igreja diferente, talvez mais dividida. Ele era amado por aqueles que estavam longe, por aqueles que não colocavam os pés em uma sacristia há anos ou que talvez nunca o tivessem feito, em comparação com os católicos que cresceram sob a orientação mais reconfortante de Pontífices como João Paulo II ou Bento XVI.

"Vejo claramente que o que a Igreja mais precisa hoje — disse ele em 2013, em sua primeira entrevista, a da Civiltà Cattolica — é a capacidade de curar feridas e aquecer o coração dos fiéis, a proximidade. Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar a uma pessoa gravemente ferida se ela tem níveis altos de colesterol e açúcar! Suas feridas precisam ser curadas. Depois, podemos conversar sobre todo o resto. Curar as feridas, curar as feridas... E devemos começar de baixo". Este é um legado que agora será ado ao seu sucessor.
   

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