O Irã lançou nesta sexta-feira (13) mais de 150 mísseis contra Israel em retaliação pelos ataques que atingiram usinas nucleares no país persa e eliminaram suas principais lideranças militares.
As Forças de Defesa Israelenses (IDF) chegaram a pedir para a população permanecer em abrigos antibombas, mas apesar da terceira onda de ataques iranianos, o Comando da Frente Interna do Exército de Israel liberou a população sobre deixar os abrigos, com a recomendação de permanecer nas proximidades. Sirenes de alarme e explosões foram ouvidas em Tel Aviv, Jerusalém e outras áreas do país.
Também há relatos de prédios danificados e de 14 feridos leves em Tel Aviv e nos arredores, onde foram registrados pelo menos "sete locais de impacto", de acordo com socorristas. A ANSA também constatou que uma parte do centro da cidade está sem internet após as explosões.
"As Forças Armadas iranianas agirão com força contra o regime sionista", prometeu o guia supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, em uma mensagem à nação veiculada na TV.
"O regime sionista não sairá imune deste crime, e o povo iraniano pode estar certo de que não haverá trégua", acrescentou.
Os ataques israelenses desta sexta-feira miraram instalações e dirigentes ligados ao programa nuclear do Irã, como as usinas de Natanz e Isfahan, bem como comandantes da Guarda Revolucionária e do Estado-maior.
Segundo Israel, mais de 200 alvos iranianos já foram atingidos nos bombardeios, que não têm prazo para terminar.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, que "o Irã ultraou os limites e irá pagar um preço alto" pelos ataques contra seu país.
"Continuaremos a proteger os cidadãos israelenses e a garantir que o regime dos aiatolás pague um preço muito alto por suas ações criminosas", reforçou Katz.
De acordo com a agência iraniana Tasnim, dois caças israelenses foram abatidos em território iraniano, sendo que o piloto de um deles, uma mulher, foi capturada. No entanto, Israel negou o fato e disse que a imprensa de Teerã está "fabricando informações falsas".
Enquanto isso, os Estados Unidos estão posicionando navios de guerra no Oriente Médio para ajudar na defesa do país judeu, e o presidente da França, Emmanuel Macron, assegurou que Paris participará de eventuais "operações de defesa de Israel", mas não de ações "ofensivas".
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