O presidente da COP29, Mukhtar Babayev, pediu ajuda do Brasil e do Reino Unido para tentar destravar as negociações na cúpula em Baku, especialmente em relação ao financiamento de ações contra as alterações climáticas.
"Convidamos o Brasil e o Reino Unido para nos ajudar a produzir um resultado importante aqui em Baku", revelou ele em uma coletiva de imprensa na cúpula.
O Brasil foi escolhido para a missão porque sediará a próxima COP e "é um dos grandes países em desenvolvimento no debate", enquanto que o Reino Unido foi o último país desenvolvido a sediar uma COP", em Glasgow, na Escócia, em 2021.
Além disso, ambas as nações estão entre as primeiras a apresentar suas novas metas para combate das mudanças climáticas.
Babayev disse que está preocupado com o estado das negociações, principalmente porque "as partes não estão se movendo juntas com rapidez suficiente". "É hora de agir mais rápido", ressaltou.
O líder da COP29 deu boas-vindas aos ministros que chegam hoje a Baku e afirmou que "os políticos têm o poder de chegar a um acordo que seja ambicioso e justo" e "devem envolver-se imediata e construtivamente".
Quanto ao objetivo de financiamento climático, o NCQG (Novo Objetivo Quantificado Coletivo), Babayev explicou que "ainda temos um longo caminho a percorrer" e "os ministros devem encontrar soluções para problemas políticos fundamentais: a estrutura, os doadores", entre outros.
Por fim, reforçou que foi dado mais um o em frente na definição de um mecanismo internacional de mercado de emissões de carbono, previsto no artigo 6.º do Acordo de Paris. "Depois de se ter chegado a acordo no início da COP sobre o n.º 4, que diz respeito às trocas entre empresas, hoje adotamos o acordo sobre outro ponto, o n.º 8", referente às trocas entre governos", concluiu
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