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'Abra coração para acordo Mercosul-UE', diz Lula a Macron

Presidente prometeu do tratado ainda neste ano

Lula é recebido por Macron na França

Redação Ansa

(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, em pronunciamento conjunto com seu homólogo Emmanuel Macron durante uma visita de Estado à França nesta quinta-feira (5).

"Expus ao presidente Macron minha convicção sobre o papel estratégico da parceria Mercosul-UE e quero afirmar na frente da imprensa que eu assumirei a presidência do Mercosul no próximo dia 6 [de julho] e não deixarei a presidência sem concluir o acordo", afirmou o petista.

"Portanto, meu caro, abra seu coração para a possibilidade de fazer esse acordo com nosso querido Mercosul. Essa é a melhor resposta que nossas regiões podem dar diante do cenário de incerteza criado pelo retorno do unilateralismo e protecionismo tarifário", acrescentou Lula.

Em coletiva de imprensa após o pronunciamento, o presidente ressaltou que existem "boas condições" para o tratado e lembrou que o Mercosul vai facilitar as importações de vinhos e queijos da França, em resposta às críticas ao acordo feitas por agricultores europeus, sobretudo ses.

"Eu deixarei a presidência do Mercosul com o acordo firmado, e com o presidente Macron participando da . E, se precisar, eu venho conversar com os agricultores ses para mostrar que eles vão ganhar com o acordo", destacou Lula, que presenteou o colega com uma caixa de queijos brasileiros.

"O Macron pode dizer aos agricultores ses que pode ter alguém no mundo preocupado com o meio ambiente igual ao meu governo, mas não mais. Eu queria pedir ao Macron uma coisa muito séria: não permita que nenhum país europeu coloque dúvida sobre a defesa que o Brasil faz para reduzir o desmatamento", disse.

Concluído no fim do ano ado, o acordo Mercosul-UE está em fase de revisão e tradução e pode ser assinado pelas partes até o fim de 2025, para depois seguir para a etapa de ratificação pelos dois blocos. Alguns países europeus, como a França, no entanto, pedem mais garantias para o setor agropecuário.

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