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Oposição vence eleições na Groenlândia sob ameaça de Trump

Partido eleito prega independência lenta em relação à Dinamarca

O líder do partido vencedor, Jens Frederik Nielsen, em declaração à imprensa

Redação Ansa

A oposição de centro-direita venceu as eleições legislativas na Groenlândia, território dinamarquês cobiçado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cujo resultado foi anunciado nesta quarta-feira (12).
    O partido liberal Demokraatit, que é a favor da independência groenlandesa da Dinamarca "a longo prazo", garantiu 29,9% dos votos, superando o Naleraq, de esquerda, que obteve 24,5% dos votos e defende uma independência de forma "mais veloz".
    A previsão é que o novo governo, sem maioria no Parlamento, apresente um calendário para a independência, apoiada pela grande maioria da população local, de 57 mil habitantes, após formar uma coalizão.
    "Os democratas são abertos à negociação com todas as partes e buscam a unidade. Principalmente com o que está acontecendo no mundo", afirmou o líder do partido, Jens Frederik Nielsen, acrescentando que a vitória nas eleições foi "uma surpresa".
    "Respeitamos o resultado da eleição", anunciou o primeiro-ministro groenlandês, Múte Egede, representante do partido verde de esquerda Inuit Ataqatigiit (IA), que obteve 21,4% dos votos, o qual também defende uma independência lenta ao lado de seu parceiro de coalizão, Siumut.
    É a primeira vez que uma eleição na Groenlândia atrai grande interesse internacional, devido ao interesse de Trump de anexar a ilha do Ártico aos EUA, por motivos militares e comerciais.
    O território tornou-se colônia da Dinamarca em 1721, mas durante a Segunda Guerra Mundial, os dinamarqueses perderam o domínio econômico e político da ilha, que se aproximou dos EUA e do Canadá.
    Após o conflito o controle regressou à Dinamarca, sendo que em 1953 o estatuto colonial foi transformado em condado ultramarino. Em 1979 a Groenlândia ou a ter direito ao autogoverno, vindo a deixar a Comunidade Econômica Europeia por referendo em 1985. (ANSA).
   

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