(ANSA) - O presidente da Itália, Sergio
Mattarella, declarou nesta sexta-feira (6) que reduzir a dívida
pública do país é uma "necessidade inevitável".
Em discurso no Fórum Ambrosetti em Cernobbio, no Lago Como, o
chefe de Estado enfatizou que "a Itália é uma devedora honrada
com uma história de 30 anos, excedentes primários anuais do
Estado e com uma dívida pública que cresceu largamente desde
1992, principalmente devido aos juros".
"No que diz respeito à dívida, a Itália pagou mais juros do que
a França e a Alemanha juntas", acrescentou ele, ressaltando que
a tendência das taxas é um "termômetro questionável".
Mattarella defendeu ainda "uma reflexão que questione a situação
da dívida dos países da União Europeia e nos exorte a
sistematizar, em termos fiscais e econômicos, o que hoje está
confiado apenas ao Banco Central Europeu".
"A questão não é puramente financeira, mas constitui uma questão
civil, social e democrática, que se cruza com as questões da
liberdade econômica e da igualdade dos cidadãos e da
credibilidade internacional de um Estado", afirmou.
Durante seu pronunciamento, o presidente italiano também falou
que a Europa está "inacabada", ao recordar das recentes escolhas
feitas pela líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen,
após a pandemia de Covid-19.
Segundo ele, "estas são escolhas significativas de
discernimento, que resultaram em políticas corajosas sobre a
dívida com o 'Next Generation UE'".
"Não devemos ter medo das reformas, de olhar para o futuro, de
imaginar uma Europa cada vez mais aperfeiçoada na sua
arquitetura e cada vez mais inclusiva daqueles povos, como os
dos Balcãs Ocidentais, que há muito aspiram a participar nesta
aventura", concluiu ele, alertando sobre "o ressurgimento de
desejos por um futuro que é o resultado da nostalgia de um
ado que muitas vezes nos reservou tragédias". (ANSA).
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'Reduzir dívida pública é necessidade', diz presidente italiano
Mattarella fez discurso em fórum em Cernobbio