"Se eu pudesse chegar perto de Lady Gaga, agradeceria a ela, porque ela é a mãe que eu nunca tive", disse a DJ Isa, que tem títulos, músicas e imagens dedicadas à estrela pop tatuados por todo o corpo.
Com um público esperado para 1,6 milhão de pessoas e impacto econômico estimado em mais de 92 milhões de euros (R$ 600 milhões), o megashow gratuito de Lady Gaga na praia de Copacabana amanhã (3) à noite já atraiu fãs de todo o Brasil e da América Latina.
"Estou aqui porque a música dela me salvou quando era adolescente", diz Byron, empreendedor carioca da zona norte.
Para ele, assim como para Ivan, que veio da Colômbia, a música preferida é "Marry the night", símbolo de luta e libertação LGBT. Uma preferência também compartilhada pelos gaúchos Pedro e Matheus, que se uniram na época da faculdade em nome de Lady Gaga.
Mas a canção favorita da multidão reunida em frente ao hotel é "Born this way". É para Carol, que chegou de Fortaleza, que vê em Lady Gaga um modelo de "empoderamento feminino", "uma mulher independente, determinada a mudar a sociedade para melhor", que ajudou gerações a se aceitarem e que fez muito pela comunidade arco-íris.
"Lady Gaga sabe como unir as pessoas, ela une. A arte não foi feita para ser condescendente. Às vezes, a música é provocativa só para ar uma mensagem", observa Mariana, de Niterói.
"Ela ama pessoas, de todas as cores, de todos os gêneros. Ela não tem preconceitos. Sua mensagem é linda", comenta Denise, sambista da escola Mangueira.
E por falar em provocações, o look de Matheus é o que mais chama a atenção. Em volta de seu pescoço, há dois pedaços da cabeça de uma galinha, e em seu cinto, estão os pés.
"É uma releitura discreta do vestido de carne da Lady Gaga", brinca o fã que virou celebridade entre os seguidores brasileiros da estrela ao aparecer em um vídeo ao lado da artista. Enquanto isso, as horas am entre músicas e aplausos, na esperança de que a cantora apareça, ou ao menos mande um sinal, como a pizza que ela distribuiu entre os fãs que a aguardavam ontem (1º).
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