O Ministério Público de Milão, norte da Itália, concluiu neste sábado (7) que a brasileira Sueli Leal Barbosa, que despencou do quarto andar de um prédio para escapar de um incêndio provocado por seu companheiro, Michael Pereira, teve "uma morte atroz, consciente" e "com sofrimento prolongado, certamente não apenas previsível, mas almejado".
É o que observa a promotora Maura Ripamonti no pedido de validação da prisão e da medida cautelar para Pereira, brasileiro de 45 anos, contestando também o "agravante da crueldade", além da "relação de convivência com a vítima".
De acordo com a acusação, independentemente de a porta da frente estar trancada por fora ou inutilizável devido às chamas, Barbosa "se viu presa" no apartamento entre o parapeito da porta e "as chamas abrasadoras, o calor terrível, a fumaça negra e irrespirável".
Para a promotora, ainda não está claro se ela pulou "voluntariamente, em uma última tentativa de se salvar", ou se caiu porque desmaiou ao inalar a fumaça ou porque o corrimão estava "incandescente".