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Brasileira acusada de mandar matar parceiro será julgada na Itália

Adilma Pereira Carneiro permaneceu em silêncio em interrogatório

Brasileira foi acusada de planejar assassinato do parceiro por dinheiro

Redação Ansa

(ANSA) - Uma brasileira acusada de ter organizado, com cinco cúmplices, o assassinato de seu companheiro, o italiano Fabio Ravasio, 52 anos, que faleceu após ser atropelado propositalmente enquanto andava de bicicleta em Milão, no último dia 9 de agosto, compareceu a um tribunal na Itália nesta segunda-feira (26).
    Adilma Pereira Carneiro e seus cúmplices, todos presos sob a acusação de planejar e executar o crime, foram interrogados perante a juíza de instrução do tribunal de Busto Arsizio, Anna Giorgetti, e na presença de seus advogados. Ela, porém, optou pelo silêncio.
    Segundo a acusação, um dos sete filhos da brasileira, Igor Benedito, nascido em 1998, também está envolvido no assassinato de Ravasio, mas não aceitou falar à Justiça. Ambos são auxiliados pelo advogado Edoardo Lorenzo Rossi.
    A defesa de Carneiro, de 49 anos, alega que sua cliente se considera "alheia aos fatos e acredita que há várias coisas a esclarecer". No entanto, de acordo com o que foi reconstruído pelo promotor Ciro Caramore, a mulher não ava mais o companheiro e queria se livrar dele. 
    Além disso, existe a suspeita de que ela tenha organizado o crime por motivação econômica, tendo em vista que o casal tinha dois filhos e isso garantiria que a brasileira usufruísse do patrimônio de Ravasio, cerca de 3 milhões de euros entre propriedades e um negócio comercial em Magenta, na zona de Milão.
    Dois dos seis envolvidos itiram ter participado do plano, após serem detidos pela polícia. Adilma foi acusada por eles de ser a mandante do crime e por ter planejado uma morte que parecesse um acidente.
    De acordo com os relatos, o "plano diabólico" da brasileira foi estudado nos mínimos detalhes e precedido de uma série de reuniões realizadas dois meses antes do assassinato.
    Cada um do grupo tinha uma tarefa específica a cumprir: um seria o motorista e outro o ageiro do carro, enquanto dois cúmplices ficariam responsáveis por avisar o momento exato em que a vítima aria de bicicleta na rodovia para sincronizar com a "manobra assassina do veículo". Já o "diretor" de comunicações teria que manter o contato com todos e ela seria a suposta criadora da trama.
    A reconstrução do caso detalha que no dia 9 de agosto, às 19h50, Ravasio saiu para andar de bicicleta pela estrada provincial quando foi atropelado por um pequeno carro que invadiu a faixa oposta. O homem foi atingido em cheio e chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos. (ANSA).
   

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