(ANSA) - O vice-premiê e ministro das
Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, anunciou nesta
quinta-feira (29) que vai trabalhar para apresentar um projeto
de lei para reformar a lei de cidadania no país.
"Falaremos sobre a concessão da cidadania quando os trabalhos
parlamentares reabrirem, acredito que podemos trabalhar para
apresentar um projeto de lei que corrija algumas coisas",
garantiu ele, em Bruxelas.
Líder do partido conservador Força Itália (FI), o chanceler
voltou a defender o princípio conhecido como "jus scholae"
("direito escolar"), ou seja, a concessão de cidadania para
filhos de imigrantes nascidos na Itália e que tenham concluído
pelo menos 10 anos de estudos nas escolas do país.
O tema, no entanto, não está na agenda do governo, e o "jus
scholae" enfrenta resistência do partido da primeira-ministra
Giorgia Meloni, o Irmãos da Itália (FdI), e da legenda
nacionalista Liga, do também vice-premiê e ministro da
Infraestrutura, Matteo Salvini.
Segundo Tajani, a eventual reforma possibilitará "dar cidadania
aos jovens que concluíram com sucesso o curso de estudos, e
repito com sucesso, e que são, portanto, culturalmente
italianos, uma regra mais justa e mais rigorosa".
Além disso, o vice-premiê italiano defendeu que "outro aspecto"
que deve ser revisto é "a concessão da cidadania para jus
sanguinis ("direito de sangue")", princípio que beneficia o
cidadão que tem anteados italianos, sejam pais, avós,
bisavós, etc.
"Às vezes se busca a cidadania para ter aporte italiano e
comunitário por interesse e não por interesse em ser italiano",
advertiu. (ANSA).
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Vice-premiê da Itália volta a apoiar reforma de lei de cidadania
Em Bruxelas, Tajani mostrou sinais de abertura para novo projeto