Mundo

Liga Árabe anuncia plano para Gaza em contraposição ao de Trump

Acordo prevê saída do Hamas do governo local e retorno da ANP

Abbas e Sisi durante cúpula da Liga Árabe

Redação Ansa

A Liga Árabe aprovou na última terça-feira (4) uma proposta para a reconstrução da Faixa de Gaza alternativa ao plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de remover a população palestina do enclave para transformar o território em um empreendimento de luxo.
    O projeto, anunciado pelo presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sisi, prevê, dentre outras medidas, que o território não seja mais governado pelo Hamas, que disse concordar com o texto aprovado na cúpula.
    Segundo Sisi, a ideia seria substituir os membros da organização fundamentalista, que governa Gaza desde 2007, por "um comitê istrativo composto por especialistas palestinos independentes e tecnocratas, capazes de gerir a região por seis meses, tendo em vista o retorno da Autoridade Nacional Palestina [ANP]".
    O plano prevê ainda uma ajuda de emergência, reconstrução e desenvolvimento econômico a longo prazo, sendo dividido em duas etapas, a partir de um fundo supervisionado a nível internacional para garantir a "eficácia" do financiamento.
    A primeira etapa, com duração de seis meses, tem como foco a remoção de escombros, a eliminação de artilharias não detonadas e a criação de alojamentos temporários.
    Já a segunda fase, que deve durar quatro anos e meio, deve ser subdividida em duas partes: a primeira, até 2027, com orçamento de U$S 20 bilhões, e a segunda, até 2030, com custo estimado de U$S 30 bilhões.
    O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, receberam com bons olhos a proposta da Liga Árabe.
    "O apoio da União Europeia à Autoridade Nacional Palestina e à sua agenda de reformas segue firme", declarou Costa.
    Por sua vez, o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, afirmou "estar pronto para realizar eleições em Gaza no ano que vem". Já o Hamas confirmou que concorda com o plano definido no Cairo.
    "Acolhemos com favor o plano de reconstrução de Gaza adotado na declaração final da cúpula e apelamos à garantia de todos os recursos necessários para o seu sucesso", afirmou a organização islâmica. (ANSA).
   

Leia a notícia completa em Ansa Brasil