Mundo

'Israel e Palestina devem se reconhecer', diz chanceler italiano

Tajani afirmou ser contra prisão de Netanyahu por genocídio

Antonio Tajani e Gideon Sa'ar em Israel

Redação Ansa

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, chegou ao Oriente Médio nesta segunda-feira (20) para se reunir com autoridades em Israel e na Cisjordânia a fim de "apoiar a paz" na região.
    O representante italiano encontrou-se com seus homólogos, o israelense Gideon Sa'ar, com quem conversou sobre os problemas da ajuda humanitária na Faixa de Gaza, e com o palestino Mohammad Mustafa, com quem discutiu a reconstrução do enclave.
    "O objetivo desta visita em Israel e na Palestina é apoiar a trégua. Gostaríamos que os Acordos de Abraão fossem reiniciados.
    Reiterei o forte compromisso com o cessar-fogo, a nossa amizade com Israel, mas também a necessidade de resolver todos os problemas na Palestina", afirmou Tajani.
    O vice-premiê também comentou sobre o processo de um novo governo em Gaza no pós-guerra, que não pode incluir o Hamas.
    "Queremos que Israel reconheça a Palestina e que a Palestina reconheça Israel", acrescentou.
    Além disso, Tajani declarou que a Itália é contra a prisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusado de genocídio e crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional.
    "Concordamos com Paris que os chefes de Estado ou de governo não podem ser presos. No caso de Netanyahu, a Itália não o prenderia, ainda mais que isso não ajudaria com a paz", disse.
    "E o que faríamos? Mandaríamos a polícia no aeroporto de Fiumicino no momento em que pousasse o avião de Netanyahu e iniciaríamos um conflito? Não é esse o caminho para a paz. À Itália, interessa a paz", concluiu Tajani. (ANSA).
   

Leia a notícia completa em Ansa Brasil